Saúde das mulheres lésbicas - Promoção da eqüidade e da integralidade
por Rede Feminista de Saúde*
O Dossiê Saúde das Mulheres Lésbicas: Promoção da Eqüidade e da Integralidade, pesquisa realizada por Regina Facchini e Regina Maria Barbosa, por solicitação da Rede Feminista de Saúde, é uma publicação pioneira no Brasil, com foco na saúde das mulheres lésbicas, que sistematiza trilhas percorridas através de muitas angústias, apreensões e lutas, além de pistas e saberes acumulados de vários estudos, em diversos países.
Ao mesmo tempo em que sistematiza trilhas, pistas e saberes acumulados, o Dossiê delineia perfis das necessidades e das dificuldades que mulheres lésbicas deparam quando precisam dos serviços de saúde, da atenção básica à especializada. Alguns títulos constantes na publicação em si são instigantes, além de indutores de polêmicas intermináveis, como, por exemplo: "Homossexualidade feminina e saúde: há especificidades?"; "Políticas e ações voltadas à saúde de lésbicas no Brasil"; e "Demandas e propostas apontadas nos estudos e pelo movimento social". Há uma certeza: o direito da mulher lésbica à saúde a partir das singularidades de suas demandas.
A Rede Feminista de Saúde reafirma que a atenção devida à saúde das lésbicas ainda necessita de muitos aportes científicos que exigem dedicação e definição política de mais estudos e aspira que o Dossiê possa ser inspiração para pesquisas sobre o tema, pois, como bem destacam as autoras, o produto final é alicerce para "uma reflexão acerca do modo como a invisibilidade da sexualidade feminina _ em especial, da sexualidade não heterossexual entre mulheres _ e o preconceito associado à homossexualidade implicam questões de saúde pública (...) a produção de conhecimento ou políticas deve sempre levar em conta toda a diversidade de estilos de vida, geração, pertencimentos raciais/étnicos ou de classe, entre outros, presentes na população".
O Dossiê Saúde das Mulheres Lésbicas: Promoção da Eqüidade e da Integralidade representa uma definição política da Rede Feminista de Saúde de contribuir para retirar da invisibilidade as necessidades e dificuldades das lésbicas diante dos serviços e profissionais de saúde, evidenciando a vulnerabilidade que o saber médico clássico e o poder dos serviços de saúde nos moldes tradicionais _ em geral de matrizes homofóbica, patriarcal e vitoriana _ impõem a mulheres que exercem a sexualidade fora do modelo exclusivamente "hetero", e que se traduz, cotidianamente, de norte a sul e de leste a oeste do País, em prática discriminatória contra mulheres lésbicas.
Sua publicação, há muito esperada, constitui um alerta a elaboradores(as) e gestores(as) das políticas de saúde para as singularidades das demandas das lésbicas, bem como a profissionais de saúde para o fato de que é preciso considerar a orientação sexual da mulher e o modo como busca exercer sua sexualidade. A outra face do Dossiê é dirigida à vida privada de cada mulher lésbica: ao autoconhecimento, ao desbravar do próprio corpo em bases científicas e seguras, refletindo-se em sólido empoderamento, quando da abordagem das necessidades pessoais em saúde, junto aos serviços e profissionais de saúde.
Fátima OliveiraSecretária executiva da Rede Feminista de Saúde
Ana Maria da Silva SoaresSecretária adjunta da Rede Feminista de Saúde
por Rede Feminista de Saúde*
O Dossiê Saúde das Mulheres Lésbicas: Promoção da Eqüidade e da Integralidade, pesquisa realizada por Regina Facchini e Regina Maria Barbosa, por solicitação da Rede Feminista de Saúde, é uma publicação pioneira no Brasil, com foco na saúde das mulheres lésbicas, que sistematiza trilhas percorridas através de muitas angústias, apreensões e lutas, além de pistas e saberes acumulados de vários estudos, em diversos países.
Ao mesmo tempo em que sistematiza trilhas, pistas e saberes acumulados, o Dossiê delineia perfis das necessidades e das dificuldades que mulheres lésbicas deparam quando precisam dos serviços de saúde, da atenção básica à especializada. Alguns títulos constantes na publicação em si são instigantes, além de indutores de polêmicas intermináveis, como, por exemplo: "Homossexualidade feminina e saúde: há especificidades?"; "Políticas e ações voltadas à saúde de lésbicas no Brasil"; e "Demandas e propostas apontadas nos estudos e pelo movimento social". Há uma certeza: o direito da mulher lésbica à saúde a partir das singularidades de suas demandas.
A Rede Feminista de Saúde reafirma que a atenção devida à saúde das lésbicas ainda necessita de muitos aportes científicos que exigem dedicação e definição política de mais estudos e aspira que o Dossiê possa ser inspiração para pesquisas sobre o tema, pois, como bem destacam as autoras, o produto final é alicerce para "uma reflexão acerca do modo como a invisibilidade da sexualidade feminina _ em especial, da sexualidade não heterossexual entre mulheres _ e o preconceito associado à homossexualidade implicam questões de saúde pública (...) a produção de conhecimento ou políticas deve sempre levar em conta toda a diversidade de estilos de vida, geração, pertencimentos raciais/étnicos ou de classe, entre outros, presentes na população".
O Dossiê Saúde das Mulheres Lésbicas: Promoção da Eqüidade e da Integralidade representa uma definição política da Rede Feminista de Saúde de contribuir para retirar da invisibilidade as necessidades e dificuldades das lésbicas diante dos serviços e profissionais de saúde, evidenciando a vulnerabilidade que o saber médico clássico e o poder dos serviços de saúde nos moldes tradicionais _ em geral de matrizes homofóbica, patriarcal e vitoriana _ impõem a mulheres que exercem a sexualidade fora do modelo exclusivamente "hetero", e que se traduz, cotidianamente, de norte a sul e de leste a oeste do País, em prática discriminatória contra mulheres lésbicas.
Sua publicação, há muito esperada, constitui um alerta a elaboradores(as) e gestores(as) das políticas de saúde para as singularidades das demandas das lésbicas, bem como a profissionais de saúde para o fato de que é preciso considerar a orientação sexual da mulher e o modo como busca exercer sua sexualidade. A outra face do Dossiê é dirigida à vida privada de cada mulher lésbica: ao autoconhecimento, ao desbravar do próprio corpo em bases científicas e seguras, refletindo-se em sólido empoderamento, quando da abordagem das necessidades pessoais em saúde, junto aos serviços e profissionais de saúde.
Fátima OliveiraSecretária executiva da Rede Feminista de Saúde
Ana Maria da Silva SoaresSecretária adjunta da Rede Feminista de Saúde
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